Barganhas, Agressões, "Fantasma" e Pedidos de Cassações Marcaram os 120 Primeiros Dias da Câmara de Rio Preto

O que se viu, nos "120 primeiros dias" da Câmara Municipal de Rio Preto, foi um total descaso aos cidadãos rio-pretenses. Os chamados "representantes do povo" até agora, não honraram os votos depositados pela população, e se envolveram em discussões, agressões físicas, barganhas por troca de votos, processo no Ministério Público e investigação no Conselho de Ética por causa de assessor fantasma.

A atual legislatura começou com troca de favores e barganhas de cargos. Logo no primeiro dia de 2009, foi realizada a votação para a presidência da Casa, onde o vereador Jorge Menezes (DEM) foi eleito presidente, e sem nenhum constrangimento, afirmou para a imprensa, que para vencer a disputa teve de lotear cargos em comissão na Casa. Ao todo foram 16 cargos ocupados por livre nomeação do presidente.

No dia 10 de fevereiro, o presidente do Legislativo Jorge Menezes e o vereador Dinho Alahmar (PSB) trocaram socos no gabinete do prefeito Valdomiro Lopes. O motivo da briga foi a disputa pelo cargo de diretor de Finanças que teria sido prometida por Menezes a Alahmar durante as negociações da eleição da Mesa Diretora da Casa.

A briga motivou também o Ministério Público pedir a cassação de 11(onze) vereadores por ato de improbidade administrativa. Caso sejam condenados pela Justiça, além da cassação do mandato, os vereadores terão seus direitos políticos cassados por até cinco anos e pagamento de multa de até 100 vezes o valor de seus salário, de R$ 4,8 mil. O que também muito se falou nestes "cem dias", foi o caso envolvendo o vereador Oscarzinho Pimentel (PPS). Ele é acusado de manter em seu gabinete um assessor "fantasma" em novembro do ano passado.

No dia 17 de março, foi realizada uma sessão conturbada na Câmara. O plenário estava lotado, e foi aprovado o projeto de resolução que enterrou a investigação do assessor fantasma. O clima ficou tenso porque o vereador Nilson Silva (PSDB) se referiu à população presente como "curva de rio." Depois deste episódio lamentável, foi reaberto o processo para investigar a contratação do assessor "fantasma". A punição ao vereador vai de advertência até a cassação de seu mandato.

Fonte: Jornal A Voz da Verdade

Jornalista Responsável: Luís Gustavo Simonato